Garantir a paz no nosso continente e a segurança dos nossos cidadãos está no cerne do projeto europeu. Graças à integração europeia, é quase impossível imaginar uma nova guerra entre os países da nossa União. Atualmente, porém, garantir a nossa segurança implica lidar com ameaças que ultrapassam fronteiras. Nenhum país as pode enfrentar sozinho, mas, juntos, somos fortes.
A nível europeu, estamos a investir em conjunto na construção da paz e no combate às causas profundas das atuais preocupações em matéria de segurança – desde a insegurança económica e política às alterações climáticas, tanto na nossa vizinhança como no resto do mundo. Sabemos que o poder coercivo por si só não pode, em caso algum, resolver uma crise. Mas é necessário complementar o nosso poder persuasivo com uma maior cooperação no domínio da defesa.
Em dezembro de 2016 os dirigentes da União Europeia (UE) chegaram a acordo sobre um plano para aprofundar a nossa cooperação em matéria de segurança e defesa. O nosso plano comum centra-se em três prioridades estratégicas complementares:
- Proteger a UE e os seus cidadãos;
- Dar resposta às crises e aos conflitos externos;
- Reforçar as capacidades dos nossos parceiros.
Os Estados-membros da UE têm experiência significativa na cooperação para promover a segurança, designadamente com 16 missões militares e civis da UE no terreno.
Partindo desta base, avançámos em 2017 para a criação de um Fundo Europeu de Defesa comum, a fim de financiar investigação conjunta e desenvolvimento, estabelecemos o primeiro centro de comando único para missões de formação e aconselhamento militar da UE (a CMPC), lançámos um Centro de Excelência para melhorar a nossa análise de ameaças híbridas e a nossa capacidade de resposta às mesmas, e intensificámos a nossa cooperação com a NATO.
Atualmente, estão a ser tomadas mais duas medidas importantes.
Pela primeira vez, os Estados-membros estão a partilhar os planos de despesas militares, com o objetivo de melhor identificar as lacunas, assegurar maior coerência e beneficiar das economias de escala, num processo que ficará conhecido como Análise Anual Coordenada de Defesa (AACD).
Em segundo lugar, estamos a criar uma estrutura permanente para a cooperação em matéria de defesa entre os Estados-membros dispostos a, e capazes de, desenvolver conjuntamente capacidades de defesa, investir em projetos comuns ou criar formações multinacionais. Dezenas de projetos vão ser debatidos pelos Estados-membros participantes nesta Cooperação Estruturada Permanente (CEP).
Fazendo mais em conjunto e também juntamente com os nossos parceiros, seremos mais eficazes, mais eficientes e mais fortes. Juntos, podemos proporcionar a segurança de que os nossos cidadãos precisam num mundo em rápida mudança.
Texto e infografias elaborados pelo Serviço Europeu de Ação Externa